GUIA DE LEITURA

Se você me perguntasse quais textos ler, eu diria para CLICAR AQUI e achar uns 20 e poucos que eu classifiquei como os melhores. Mas vão alguns de que eu particularmente gosto (e que fizeram algum sucesso):

Caritas et scientia
(as saudades da minha escola)
A-Ventura de Novembro
(o retrato de um coração partido)
Vigília
(os sonhos nos enganam...)
Sairei para a boate e encontrarei o amor da minha vida
(ou "elucubrações esperançosas")
(a afeição por desconhecidos)
A tentação de Mãe Valéria
(trago a pessoa amada em três dias)
A nostalgia do que não tive
(a nostalgia do que não tive)

quarta-feira, 28 de junho de 2006

3,5 requisitos para o sucesso

Se tudo na vida é dado por uma conjunção de fatores, creio que os fatores para o êxito em alguma coisa são três e meio: o dom (a capacidade inata), a vontade, a dedicação e meia-sorte.

O DOM (A CAPACIDADE/FACILIDADE INATA )
Se colocássemos várias crianças para jogarem futebol pela primeira vez em suas vidas, todas com o mesmo ânimo inicial, veríamos naturalmente que algumas delas se saíriam melhor do que outras. Cada pessoa tem, naturalmente, predisposição para realizar certa atividade com aptidão.

A VONTADE
Com certeza você já deve ter ouvido falar na expressão "Querer é poder". Em parte, faz certo sentido. A vontade para se realizar algo é indispensável. Dificilmente você terá êxito em algo fazendo-o sem vontade ou de má-vontade. Os resultados daquilo que não fazemos por desejo próprio nunca são satisfatórios, nunca são o nosso melhor.
Se você me disser que você consegue ir bem na escola sem de fato querê-lo ou é capaz de trabalhar bem contra sua vontade, lamento informar, mas você não tem noção de até onde você é capaz de chegar.

A DEDICAÇÃO
Até certo ponto ligada ao fator vontade, a dedicação nos mostra o quanto é importante suar, batalhar e conquistar aquilo que queremos. Ela acontece quando a vontade se concretiza, ou seja, deixa de ser um mero "eu quero" e passa a ser "eu vou fazer por onde". Ninguem alcança de verdade alguma coisa sem por ela se esforçar. Por isso, não adianta enrolar, abafar ou empurrar com a barriga: é questão de tempo para a casa cair.

A MEIA-SORTE
Meia-sorte? Como assim? Um meio fator?
Pois é. Sinceramente, não acredito que a sorte seja um fator decisivo em algum processo. Tudo bem que às vezes o acaso ajuda ou atrapalha, mas ele geralmente não determina o sucesso ou não de um homem. Aliás, quanto mais você tiver dos três outros fatores acima, menos a sorte terá influência na sua caminhada. Estar totalmente sujeita a ela, é que nem uma loteria. Você pode se dar muito bem, mas é mais provável que você se ferre.
(aliás, usando o contexto educacional, não gosto de quando me desejam BOA SORTE em uma prova, me soa como se estivessem duvidando da minha competência, embora não seja essa a intenção)


Estejam livres para contestar o quanto quiser, eu gosto.

Felipe
(Ouvindo:
Angra - Petrified Eyes
Tribuzy - Divine Disgrace )


Foto do dia:
(espero que aprovem a idéia)





quarta-feira, 21 de junho de 2006

Ufa!

Desde pequeno, a sensação de que mais gosto é a do alívio, qualquer alívio.
Há o alívio da possibilidade do fracasso que não se concretiza, há o alívio de saber que alguém que estava em má situação ficou bem, há o alívio de se encontrar uma coisa perdida, há o alívio de não chegar atrasado por questão de minutos, há o alívio de quando se encerra uma situação desgastante, há o alívio de quando você está à beira da morte mas sobrevive e muitas outras situações. Há até mesmo o alívio (e esse ninguém pode negar), geralmente conseguido no banheiro, de quando se concretiza algo que há muito se desejava fazer. (escatológico, porém humano!)

Enfim, a vida é também feita de tirar das costas pesos que ela própria nos coloca. Muitas vezes, porém, nós mesmos nos colocamos esses pesos, ou seja, criamos fardos para carregarmos e depois os tirarmos. (Um tanto masoquista, não?)

Não é preciso ir longe para atestar isso.
Correr riscos é uma forma de colocar-se em xeque, testando os próprios limites e esperando o momento em que se terá (ou não) o alívio de dizer "eu consegui".
Trago um exemplo mais tosco ainda, do alívio "artificialmente criado". Se algum dia você vai jantar no seu restaurante preferido, no qual você saboreia cada pedaço da comida, você faria um lanche à tarde? Sim, poderia até fazer, mas resistiria ao máximo para que, de noite, você chegasse com fome e pudesse degustar o prato pelo qual ficou aguando durante o dia, para depois sentir o alívio da saciedade.

Libertar-se daquilo que aflige é sentir a adrenalina esvaindo-se, os batimentos cardíacos acalmando, e o frio na barriga sumindo. Aliás, depois de tudo isso, nada melhor do que mandar um sonoro, reconfortante e aliviante UFA!.

Acabo de aliviar vocês de ler esse post, que para alguns pode ser maçante.
Até a próxima, meus caros.

Felipe

PS: Peço que deixem seus comentários expondo ou suas concordâncias e discordâncias com o que eu escrevo. Quero um blog interativo e, na medida do possível, dialético. Vamos melhorar nossas idéias.

(Ouvindo: Gabriel O Pensador - Rap Do Feio)

sexta-feira, 16 de junho de 2006

"Friends 4ever", a amizade (ou a ilusão de) com prazo de validade.

Certa vez, falou e disse Renato Russo na composição de "Por Enquanto", imortalizada na voz de Cássia Eller:

Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre sem saber que pra sempre sempre acaba

Essa conexão musical que eu fiz, algo que possivelmente também farei nos próximos posts (foi inspirado numa ferramenta do last.fm), pode fazer com que você dê um estalo para o que eu vou tratar nesse post.
Não? Você ainda não sacou o que eu quis dizer? Não há problemas.

Vamos lá.
Desde que me entendo por gente no fantástico mundo da Internet, ou seja, desde 1998, já era comum fazer-se via internet exaltação à amizade eterna, cuja expressão"friends 4ever" é emblemática.

Lembro-me que, no já falecido ICQ, não era raro que as pessoas prenchessem os vários campos desnecessários do details mandando beijinhos e abraços para os amiguinhos. Ainda assim, uma das últimas abas do profile do ICQ, o about, era usada como mensagem-de-fim-de-participação-no-programa-da-Xuxa. Eu explico: as pessoas mandavam saudações para Fulaninho, Ciclaninho, Beltraninho, Luisinho, Carlinho e, claro, para Xuxa e para a Sasha.

O fim da hegemonia do ICQ e a ascensão do MSN impediram a proliferação dessa manifestação hipócrita e iludida, visto que no MSN não havia espaços de perfil onde se pudesse mandar beijinhos e etc. Entretanto, bastou surgir o Orkut para que a onda das amizades proclamadas eternas voltasse a tomar conta.

Quem usa o Orkut sabe bem do que estou falando. O site de relacionamentos está tomado por gente que escreve testimonials, deixa scraps ou coloca captions de fotos com o conhecido "friends forever" e afins, que recentemente ganharam variantes como a sigla "bff" (best friends forever) e a abreviação à la Seu Creysson "besti".

Mas afinal... qual seria o problema disso tudo?
A hipocrisia. Como alguém tem a pretensão de dizer que uma amizade vai durar para sempre? Amizades são construídas, destruídas ou recicladas ao longo da vida. Ninguém pode assegurar a eternidade de uma relação de bases instáveis, que é diferente da relação entre pai e filho, por exemplo, cuja base são laços de sangue.

Minha visão é um tanto pessimista? Sim, é. Uma amizade eterna pode ocorrer? Sim, pode.
Na verdade, minha crítica é com as pessoas que banalizam o sentido da amizade, e ficam gritando aos quatro ventos - virtuais ou não - "friends forever", para qualquer conhecido ou parsero. Seria isso um jeito de aparecer socialmente, para afirmar "sim, eu tenho amigos", num momento em que existe solidão mesmo com companheiros (companheiro é o mesmo que amigo, pergunto)?

Trago o exemplo de uma pessoa que conheço. Essa adota novos "best friends forever" a cada semestre, e deixa de lado os do semestre anterior, sendo capaz de afastar-se para valer desses, como se nada tivesse acontecido. Que eternidade é essa? Acho que só mesmo Vinicius de Moraes para explicar, com o seu "que seja eterno enquanto dure". Nah... não, não sou dessa corrente.

Portanto, pense duas vezes antes de mandar um best friends forever para alguém. Além de soar muito puxa-saquista, você pode estar sendo leviano em considerar que a amizade com alguém será eterna.

Na dúvida, já tomei minhas precauções. Só falarei BFF e afins, se falar, na hora de minha morte, para alguém a quem eu confiaria a minha vida. Até lá, são todos meus amigos, até que se prove o contrário.

(Discordo, nesse ponto, de Renato Russo. Se é pra sempre, não acaba.)

Tenha um bom dia.

Ouvindo:
System of a Down - B.Y.O.B.
The Dandy Warhols - Bohemian Like You
Titãs - É Preciso Saber Viver
Tom Jobim - Água de Beber

Apresentar-me-ei... ou não.

I. O porquê
Antes de mais nada, gostaria de esclarecer porque estou fazendo um blog.
Não, não é porque me rendi às modinhas de blogs e afins na internet, pois, afinal, meu primeiro já extinto blog foi criado do começo de 2003 e, além disso, eu possuo um fotolog desde o mesmo ano.
Ah, também não sei porque estou criando... deu na telha e simplesmente estou fazendo. Vai ver é porque estou precisando externar algumas maluquices (ou, por melhor dizer, concepções socialmente incompreendidas) que transbordam do meu eu-pensante. Aliás, é ele que me faz existir (cogito...).

II. E quem é você? (na verdade, quem sou eu?)
Como no orkut, pensei em colocar umas citações legais, tiradas de boas músicas ou de livros de provérbios, acompanhado de uns símbolos maneiros... ou, então, aquelas frases de efeito do tipo "pergunte para os caras aqui do lado =>", "veja minhas comunidades e descubra mais sobre mim" ou até mesmo "leia meus testimonials, lá estou eu". Mas não vai dar... não estou no orkut, não tenho amigos no canto direito da tela, nem comunidades abaixo... muito menos depoimentos!
Então, já que não tem para onde fugir, vou me descrever. É muito difícil dizer quem eu sou, mas eu sei muito bem quem eu não sou. Sei que não sou loiro, que não tenho 40 anos, que não moro em São Paulo, que não gosto de hip-hop, que não assisto TV com frequência, que não sou assíduo leitor, que não jogo futebol, e mais uma série de atributos que não estão associados a mim.
O que eu sou, então, deixo para vocês descobrirem. Ou pelo menos tentarem fazer isso.

III. Rotule-se!
Não, obrigado.